domingo, 25 de novembro de 2018

Braço-de-Pedra

Fotografia de: Pedro Agostinho Cruz
Nos braços de pedra conto
Cinco para achar o ponto
Que nos mostra o nosso erro.
Preferir o capital
A um ciclo natural,
Já nos trouxe a mão-de-ferro.

É visível, já se cheira,
O ruir de uma trincheira
De arquitecto não humano.
Que agora com varetas
E um par de maquinetas
Disfarçamos ano-a-ano.

Dizem que é o momento
De impedirmos o tormento
E pensar como na fonte.
Quanto a nós, simples vilões,
Relembremos os patrões:
A areia quer uma ponte!

Sem comentários:

Enviar um comentário