sexta-feira, 26 de abril de 2019

Via da Rosa


Uma espiral de veludo
De línguas para voar
E ensinar com perfume
Do sangue do herói mudo
Construtor que sobe ao cume
Sem ocupar o lugar.

Utopia ingrata, quero
Ser diferente e sou nada.
Flor que fui e secarei.
Não sou demónio nem clero
Não sou rosa nem sou rei
Sou cumpridor em cilada.

Cumpro ser o que me estorva.
Quis pouco, o que sou, ser.
Persegues-me sem piedade
Esperando que eu absorva
A noção da dualidade
De pensar e de fazer.

Rosa que és intangível
E és pesada como chumbo.
Rosa da androgenia.
Rosa do Zénite e Nível
Da força e da magia.
Em ti renasço e sucumbo.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

terça-feira, 2 de abril de 2019

Verdades Reais

Uma verdade modular
No tempo cresce sem cessar.
Por bocas poucas a herança
É sussurrada a ouvidos moucos
E inunda corações ocos:
Novos agentes de mudança.

No tempo em que é clandestino
Quem partilha sobre o divino
Sou convidado a esquecer:
Antes de antes há outro antes;
Leis que os fazem comunicantes.
De pai incógnito - por saber.

Cristo Tejo

Cristo que olhas o Tejo
E que assistes ao despejo
Da moral de uma nação.
Na capital do império
Se gera um cemitério 
Da jovem revolução.