domingo, 21 de outubro de 2018

CovaGala

Fotografia de Pedro Agostinho Cruz
Ainda o nada era tudo,
Sonhado surgiu no mundo,
O vulto de um pescador.
P'ra se cumprir com justiça,
Homem de força maciça,
Nos deu terra, o criador.



Pés no firme, mente ao ceú,
“Belo ser, o mar é teu,
P´ra te cumprires e pescar.”
Nós de corda, tua gente,
Eles são tu e tu és mente,
Sopro, corpo a navegar...



Com a proa ao saber
E o sopro d'O uno ser:
Içadas com sede de ar.
Velas tensas com o vento,
Velas tensa ao relento,
Morreu só para te amar.



Arde o coração de um filho,
Outrora sem ver, perdido,
Constrói mundos com amor.
Perfeito já é o brilho,
Luz do homem renascido,
Forte, belo e sabedor.



REFRÃO



Tu és cais da liberdade,
Tens talento sem vaidade,
Rosa saída da cruz.
Como Pedro pescas gente,
Cova de um mar reluzente,
Gala de um rio que seduz.

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