E jamais pude odiar.
Meu peito e braços devassos,
São correntes, são pesar.
Roubarei asas a um anjo,
E o sol queimar-me-á.
O meu trono eterno eu esbanjo,
Quero vê-la, quem será?
Tenho medo que ela me veja,
E não consiga entender.
Pena que Ele não me proteja:
Quis-me a mim sem mal querer.
Quero morrer para te ter,
Sairei para não voltar.
Escutarei o tempo inteiro,
Até conseguir encontrar.
A morte deu-me o teu nome,
Já sei até onde moras.
Já sei o frio, dor e fome.
Vida, como me devoras.
Vejo, ao fundo, a tua porta,
Uma laje branca florida.
Não morri para te ter morta.
Sei o inferno da vida.
E não consiga entender.
Pena que Ele não me proteja:
Quis-me a mim sem mal querer.
Quero morrer para te ter,
Sairei para não voltar.
Escutarei o tempo inteiro,
Até conseguir encontrar.
A morte deu-me o teu nome,
Já sei até onde moras.
Já sei o frio, dor e fome.
Vida, como me devoras.
Vejo, ao fundo, a tua porta,
Uma laje branca florida.
Não morri para te ter morta.
Sei o inferno da vida.
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