De línguas para voar
E ensinar com perfume
Do sangue do herói mudo
Construtor que sobe ao cume
Sem ocupar o lugar.
Utopia ingrata, quero
Ser diferente e sou nada.
Flor que fui e secarei.
Não sou demónio nem clero
Não sou rosa nem sou rei
Sou cumpridor em cilada.
Cumpro ser o que me estorva.
Quis pouco, o que sou, ser.
Persegues-me sem piedade
Esperando que eu absorva
A noção da dualidade
De pensar e de fazer.
Rosa que és intangível
E és pesada como chumbo.
Rosa da androgenia.
Rosa do Zénite e Nível
Da força e da magia.
Em ti renasço e sucumbo.
Sem comentários:
Enviar um comentário