Aqui o sagrado casa o profano
E eu gosto de ver, tradição dual.
Rituais repetidos ano-a-ano
Sem procurar caber no bem ou mal.
Honrada gente que não passa o pano
E no seu jeito vive Portugal.
Terra da saudade, partida e luto.
Terra do Homem simples, livre, astuto.
Não passes o pano sobre o passado,
Para saberes, do teu sangue, a cor.
Azul como a carne do mar salgado.
Da terra tua és o real andor,
Real senhor, escultor do legado.
Do condenado que te esquece, e pior,
Aceita o mar como paisagem, só -
O mar és nós e, sem ele - só pó.
Não passes o pano sobre o passado,
Para saberes, do teu sangue, a cor.
Azul como a carne do mar salgado.
Da terra tua és o real andor,
Real senhor, escultor do legado.
Do condenado que te esquece, e pior,
Aceita o mar como paisagem, só -
O mar és nós e, sem ele - só pó.
Sem comentários:
Enviar um comentário